Gratidão

Bem-vindos a minha casa, coração, alma e essência.
Agora que os partilho eles são também um bocadinho vossos.
Grata ao Universo por tudo! Pois foram todas as experiências que vivi que me trouxeram aqui!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ensaio

Lua cheia no céu alto,
Cálido e suave!
Amante perdida e revolta
Sem chão ou futuro!
Luz brilhante cansada;
Flor regada sem razão
cresceu ao som do seu coração!
Que bate ainda descompassado,
sem saber de Jesus amado.
Aquele que tudo perdoa,
Que chega de mansinho
e invade toda a minha canção.
Que não se cansa de esperar
tempos infinitos pelo acorde certo!
Que acorda essa linda essência
Para a sua razão.

Romã

Subo sem saber,
espreito com olhar sagaz.
Deito-me em nuvens rosa
e deixo-me levar
por um leito macio de luz.
Escorrego sem cansaço
neste espraiar de espírito
que me sustem e seduz.
Como criança que sou,
danço ao som desta música,
que é nova para os meus ouvidos,
mas que me envolve e amplia!
Solto-me para ser,
só porque sim, de mim para mim!
Assim livre, num diálogo mudo
aqui para este mundo;
vivido ao máximo no meu peito
germinado
na beleza desta evocação.
O canto de codorniz
levanta-se e no alto da alvorada
Chilreia sem parar,
alheia a toda a confusão
que paira no ar e que
se agarra com garra
ao mortal a passar.
Obrigada a ti,
minha querida,
Que me guia para mim
no raiar de cada dia!

Possibilidade


Quem quero ser
Neste mundo de possibilidades?
Rodeada de cheiros cadentes,
sou chamada a reerguer-me.
Das cinzas me refaço,
do medo me desfaço,
como guerreira da luz
que chora a sua força
e encontra o seu sol frágil,
imaculado neste espaço sem espaço!
Nesta terra de cartão -
Submundo de outra dimensão.
Espreito para lá do muro.
As pedras duras contra o meu corpo,
Subo e seguro a minha vida
a este portal intemporal.
Arrisco e descubro-me afinal:
Dona e senhora do universo!
Centro de mim acabado de conhecer!
Esmago o medo de ser,
apago o ego e a
Força de querer.
E assim, desperto
deste sono paralisante
para uma vida de sins!
Um Amor revigorant
e.
que embala e cuida
a sua filha e a sua amante.
Intuição resgatada
com convicção de alma desperta,
repleta de luz e aceitação!

Mel


Mel perfumado
No cabelo desgrenhado
naquela noite doce e
Cálida à tua janela.
Fico só! No sabor dessa cor,
viajo para dentro do Amor
Com o paladar a saltitar,
Como beija -flor em flor.!
Agradeço com lágrimas…
Emoção pura de ser,
Luz na escuridão e vibrar
Mais alto na imensidão!

Golpe de Asa

Quero ser mais luz, 
Cair sem rede. 
Amar sem caber 
Nos padrões normais, casuais! 
Na mesmice da Matrix! 
Voar lá no alto 
e com golpe de asa 
rumar para essa maré 
tão apetitosa, saborosa 
por ser desconhecida e silenciosa! 
Ser eu no mais subtil respirar! 
E Amar, Amar….

Essência


Passo e refaço
Imagem sem forma
no canto labiríntico
da minha mente retrógrada,
onde jaz o lixo marcante
que forma a “persona”.
Identifica-me sem querer,
dá-me forma sem poder.
Oiço as ondas de mudança
que rebentam na costa,
longe do meu centro de poder.
Sinto a urgência do seu pedido
em me refazer.
Numa maré desconhecida
de água brilhante e purificadora
bóiam memórias de bloqueios
que teimavam antes enterrar-se
naqueles bancos de areia da memória.

O sol reflecte a lu
z branca,
e a  espuma escura do passado
é varrida pelo vento cambiante.
Cheiro o meu rosto nos céus
e acabo dentro de mim
de onde nunca afinal sai.
Pois só aqui me neguei e feri.
A música dança comigo
e a essência regozija,
plena, viva, risonha
estende os seus braços
e abraça-me com penas fofas de
algodão.
Num movimento eterno,
um ritmo cadente
é regido pela sabedoria do agora
e do universo rosa unificado
no meu ser de Amor,
emancipado e incondicional
para sempre pulsante
e por mim reverenciado!
Obrigada! Obrigada!

Caminho


Vida por dentro
No centro de mim,
Amor iluminado,
Na cor de um jardim.
Um dia de bênção.
Uma vida de sim.
Essência viva que
vem de encontro a mim.
A verdade é a honestidade
de mim para mim.
Sem medo de crer
que há possibilidade
além e aqui de crescer.
Mudar o tom,
cheirar o dom
que é poder escolher
por mim, para mim.
Ser divino que sou
como o todo que vem!
Sim, eu sei!
O infinito do universo,
o cosmos dentro de mim.
Sim! Agora eu sei.
Mudar é viver!
Saber correr para mim
na possibilidade de ser!

Eu


Cansada, vagueio
do alto do meu orgulho.
Revejo e antevejo
esse filme mudo.
- A minha vida desenrolada!
Vista à lupa, solta ao vento
sem norte; sedenta de sim,
significado para mim,
que de cima me vi
grande, bela e sedosa
digna do meu amor cândido
puro e sentido no leito em terra
arenosa.
Sou e mereço ser!
Consigo! Competente a meu ver!
Luz branca imaculada,
a maior da alvorada,
Estrela que fui, sol que serei,
Véu transparente no tentar.
Mais um dia e sempre tentar!
Pois tentar é viver
na possibilidade suspensa,
no ser de cada momento
que será depois de acontecer.
Sem esforço, acontecido
na ponta do meu ser.
Alma encantada
na cama de penas
em que descanso nesta morada.

Para Quem?


Para quem sou o que sou?
Porque sou o que sou?
Ser perfeito de tão imperfeito ser.
Botão de rosa que cai
Sem aviso ou pudor.
Raiz que se ergue na terra do ser,
Pois só a força da inocência
acende o lampião de crescer
em direcção a casa!
Casa de paz, com braços abertos
para receber os seus filhos há tanto
esperados!
Espera de amor, de ansiar por rever
a alma linda, o amor incondicional
despojado de material!

Só luz em ti e saber que sou o que sou
e por mim sou alma iluminada!
Chegada do caminho do reencarnar.
Em roda de vidas e vidas e poder um dia
Chegar à essência de ser quem sou!
É hoje, agora, aqui no alto do universo
que me vi ao espelho de ti,
e soube que sim. Que subi e deixei uma
marca de cor prateada no céu infinito.
Que pode apenas ser a poeira das
estrelas
que iluminam o sempre, de dentro para
fora.
Onda de espuma desfeita num mar de
sins!
Perfeição alcançada sem resistência,
Sabor conhecido, mas há muito
esquecido!
Sou para mim, sou o que sou, sou eu
Alma iluminada !

De Mim para Mim


Amo-te, Amo-te!
Sempre, para sempre!
Cada poro, cada célula,
ruga, imperfeição.
No sorriso deste livro,
nas páginas abertas,
escancaradas para a vida.
No saber que é sensível,
na dor do que é possível.
Caminhada longa e penosa!
Um só sentido que mora
no peito desperto para ti.
Espelho da eternidade
na história da humanidade -
Que és tu amor.
Tu és eu
no reflexo fiel
que é amor maternal.
Sempre presente,
nunca ausente!
Contigo, impotente,
mas certo de sempre
Te amar incondicionalmente!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sulcos


Penso em ti.
Cada sopro, cada poro.
Olho e espreito.
A vida em mim caída,
Morta de tanto esperar,
sai pelas traseiras
desse sono a despertar.
Viaja em pleno
na asa de pássaro,
ferido a debicar
migalhas de ódio
caídas nessas pedras
que queimam ao passar!
Olhos vistosos,
marcas marcadas,
sulcos de vida,
já morta nesse sulcar!

Aquele que peca
por pensar em deixar
o corpo cansado
que jaz nesse charco
de água parada.
Só na sua Cruzada…
O ego sujeito,
no pulsar de estrelas,
acorda desfeito.
Sem capataz, a alma
que regozija!
Linda no ser perfeito,
Amor encontrado
nessa almofada de imperfeito!
Obrigada em bem querer
Universo inteiro
Muda a caminhada,
equilíbrio almejado,
paz interior
que alcança eternamente!

Graal


Quando sai,
já não entra na minha alma.
O coração descompassado
Pulsa no céu brilhante,
a luz da estrela inebriante,
Odor de vinho de ontem,
sabor a vida de hoje,
pedra no caminho de amanhã!
Orvalho de chuva no peito,
cristaliza o hábito do sofrer
que habita no lembrar que é ser!
Cair na penumbra desta masmorra,
desistir da luz na poeira da ilusão,
que alimenta a máquina do querer
que é ser
notado por não ser
e querer ser por ter!
Lembrado por nascer para correr
e fugir de cair nessa lembrança
do que é afinal ser!
Cálice dourado,
Graal santificado
abre portas do apenas ser.
Estar em tudo no momento;
sem querer ser mais do que se é.
Apenas divino, por ser!

Pedra lilás,
aquela que traz
o coração daquele que faz
o sol, o vento, o frio,
e a chuva,
o tudo e o nada,
o mais e o menos,
o grande e o pequeno.
Contrastes de um só ser
perfeito e divino
que é o ser que soma as partes
e resulta no mais que perfeito!
A luz que cega a noite,
deita tabus no leito
dos que querem esquecer
para não sofrer!
Mas a dor só vai, quando vem!
Baloiço de crianças genuínas
atropeladas pela idade dos maiores,
que com ganas de quem já tem
autoridade, param a dança da vida
 e imprimem a vaidade!
Que se cola ao corpo sem piedade
e corrói toda a verdade
dessa dança de criança que é saber
ser a verdade!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Eu Sei

Eu sei que sim
Que posso escolher.
Escolher estar aqui só para mim,
por mim, sem capas,
sem máscaras distorcidas
de dor, de cor dos outros.
Pensamentos que entram,
Sentimentos que ficam e
respiram no meu peito,
tomam vida por magia,
como marionetas nesta vida!
Vida de parecer, de corresponder
de antever desejos alheios,
que me reduzem, me subjugam
numa migalha de ser, pois o parecer
vence o ser!

Ter é o senhor
nas vidas dos mortais.
Trevas de conhecer
a luz que é poder ser!
Eu sei, o amor só entra
em coração doce, aberto a sofrer!
Desconhecer o que vem e com isso
viver.
É a beleza deste poder, que é ser
mortal!
Noite e dia  sem controlar o amanhã!
Amanhecer com um sorriso de
algodão doce,
mesmo quando a noite pôs no corpo o
doer
de sentir e chorar. Abrir  o portal que
Separa terra e céu.
E só ficar na beleza de saber
que posso sempre  recomeçar!
Sim eu sei!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Segredo

A escassos metros daquele abismo,caminhei com pés de outra que não os meus sem saber que eles me levariam ao mais recôndito segredo escondido, trancado no ar leve daquele dia de verão.
A terra feita de pó leve, teimosamente se levanta sem esforço no espaço à minha frente e rodopia numa dança provocatória que aumenta ainda mais o frenesim no meu coração.
Como que envolta numa aura de loucura, com um leve frémito doce de passado amargo, estaquei as minhas pernas já de si tão usadas e fracas e disse:"Não!"
Não quero ir para onde vocês me levam!
Mas os meus membros não me obedeceram. Anseiam pelo pulsar da inconstância conhecida, pelo sabor amargo do limão, tão viciante, tão seguro e triste.
Mais uma vez ordenei ao meu coração: "Pára de saltar, de desejar veementemente pela culpa que não queres e achas que tens que carregar, como estivador em dia de verão!"
Subitamente, ali estava eu,deitada numa pedra fria, dura, premente,  verdadeira na ilusão que criei- Todas as minhas células gritavam pelo clímax desse momento tão indesejado.Aquele em que as máscaras caem e o enredo é desvendado, mesmo contra a minha voz, a minha ordem, o meu controlo desmesurado.
As pernas tinham cedido sob o fardo pesado de séculos de negatividade, atordoamento petrificado que me tinha subjugado segundo após segundo, minuto a minuto, dias, meses, anos, séculos da minha infinita existência.
Tudo se resume a este momento em que o universo se espreme e condensa no meu peito tão pesado e dorido, para depois sem aviso ou resguardo se expandir num orgasmo de dor sublimada que é olhar o meu monstro nos olhos e com um gesto do coração lhe agradecer, ao mesmo tempo que lhe aceno um adeus esperado e prescindo dele, desde as minhas entranhas até ao fio de cabelo mais leve e solto que tenho e que adorna a minha face linda e límpida  agora que já nada espero,mas tudo mereço. Agora que o medo escorreu pela pedra fria onde me estendi,consegui abrir o portal do sentir. A morte, a vida, o sopro de felicidade de ser infinita, completa, perfeita, para me sentir na dor e na alegria, no ser mais profundo, sem julgamento, culpa ou controlo.
Fénix renascida adeja as suas asas de fogo violeta sobre mim e tudo transmuta apenas pelo poder da escolha que leva a angústia e o medo para longe e me preenche de poder divino. Neste corpo tão efémero e denso que abraço com carinho e carrego com amor finalmente.
Saio para o sol matinal que espreita tímido, mas com os seus braços poderosos me envolve com um abraço tão íntimo e maternal que adormeço enrolada em mim, coberta com mantas de aceitação e amor incondicional.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Alma Iluminada

O vento rasteja
longínquo de mim.
Caída no ventre do pó,
Com vermes de casta rara
que devoram o peito com dor cara
e me consomem no leito de morte!
No centro, um buraco tão profundo
que me perfura até à alma;
Que foge a gatinhar, apavorada
desgrenhada, acordada pelo pesadelo
de se ver apunhalada só por si.
Reflectida ao espelho,
De joelhos implora por misericórdia.
Curvada, coberta de suores frios
que a prendem à sua nova morada.
Guinchos ufanos rodopiam no ar sedento
que cobre toda a superfície de gelo,
de uma camada fina, imperceptível;
que traí o salvador, aventureiro,
Que de flecha em punho quer conquistar o mundo!
Aquele esterco onde nasceu, para trás ficou.
Agora o ego sobreveio e a conquista triunfou!
- "Aventureiro,olha o soalho alheio!
Essa luta não é tua!Desiste nobre flecheiro!"
E a alma presa, grita de dor
espicaçada pelo ferro quente de cor negra
que é o medo da morte, que jamais se ausenta.
-“Minha querida, só tu podes soltar os grilhões!
Coragem mãe branca, deixa doer, senão ficas refém!
Abre o coração que se contém,
curvado sobre o peso desse medo gigantesco que sobrevem!
Agora é a hora,vamos embora – abre o peito e deita fora!"
Preto, preto, preto, severo medo,
credo de dogma, infalível juiz,
finalmente deitado fora!
Minha querida vem a meus braços
Regenera a alma que se transmutou no Agora!

Natureza de Caranguejo

Natureza de Caranguejo

Caranguejo - a minha natureza (astrologia kármica)

O meu signo deu-me várias pistas para trabalhar ao longo da vida.Desde sempre senti falta de algo, um vazio interior permanente.
Memórias de carências afectivas, abandono e conflito com a figura materna.O que criou resistência e máscaras enormes: falta de vida da minha essência, a tendência para vitimização, como modo de chamar atenção para o meu sentimento de vazio( reforçado pela minha lua em touro, na casa IV - apegos emocionais)
Já intui que não posso fugir desse vazio, porque está cá para me conectar com a minha energia original. O MEDO de não ter ninguém é ilusório, pois temos sempre o AMOR INCONDICIONAL Dele. Assim o amor que preenche tem que vir de cima e não dos outros.( para isso viver caranguejo com Neptuno, ou seja de braços abertos para o céu, o Todo, integrando o ilimitado no limitado, para integrar neptuno no meu sol, há que ir lá trás e limpar karma).
O meu caminho para balança revela que tenho que ir aprendendo que Amor é liberdade, Aceitação de mim e depois do outro; a relação a dois serve para isso; aprendermos em conjunto o que é o Amor incondicional. Aquele que não cobra e é agente de evolução.
Para que possa fazer esta caminhada tenho que viver carneiro em termos mercurianos e não marcianos, ou seja orientar a acção para algo verdadeiramente importante - não discutir só por si e para ter razão.


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