
Carta fechada,
na concha da mão.
- Abre o laço que contém
essa mensagem de Verão!
Acorda o calor dessa noite,
beleza amargurada na razão;
sentimento calado,murcho,
caído no chão!
Fruta podre que apodrece,
bem no centro do teu coração,
com passo marcado
no retrato do passado.
Passo retrógrado, escrito
com letras de carvão.
Aguarela escorrida
em quadro de areia.
Fechadura trancada
com mão dura e rugosa,
cadeado selado
com veneno velado.
- Rompe a fúria do carcereiro
olha para cima,
com olhos despertos!
corpo descontraído
na tarefa da ascensão!

- Solta a capa dessa solidão!
Esmagada sob a boca,
tão sedenta de outra!
Beijo de luz
Amor refeito nesta doce canção!

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