
Ao longe se some
a voz impotente,
sem saber,
jaz dormente
no frio da lápide carente.
Amor fingido,
sentimento passado
como água de um rio
que passa por entre.
Mão que em vão se fecha
na esperança de agarrar!
- Abre-te já para o Amar!
Só aquele que sente
o peito ardente
de verdade consciente
já no ringue derrotado,
se vira para cima
apenas por si encimado
e flui apenas, no seu reino
dourado de passos seus;
aqueles em que não há errado!
Caminho Florado, forrado
por flores de carmim,
beleza que acaricia
o jardim com luz amena,
banha o corpo de sim.
Sono de aceitação,
cai sobre o varandim,
que se abre na imensidão
dos campos frutados,
a norte do teu coração!
- Vem minha querida!
Alma amiga e antiga,
- Olha para cima!
Espelho fiel,
imagem que transcende,
te carrega e eleva,
vira do avesso e releva
erros do passado;
que no presente se mudam.
Abre a carapaça
que só te reduz!
Imensidão de amor,
com o olhar seduz:
Alma iluminada
Vai, voa para a tua Luz!
